O Coletivo Direito Popular criticou a presidente da OAB-RJ pela utilização de termos inapropriados durante a visita de sua comitiva ao CIPOP – Centro de Atendimento Integrado às pessoas em situação de rua.
Em vídeo divulgado por seus canais oficiais, a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), instituição que deveria ser exemplo de respeito e promoção dos direitos humanos, surpreende negativamente ao utilizar termos como “morador de rua” e “pessoas de rua”.
Tais expressões, além de carregarem um estigma social, reforçam estereótipos e contribuem para a invisibilidade e a desumanização de indivíduos em situação de vulnerabilidade.
A linguagem é uma ferramenta poderosa na construção de percepções, e a escolha de termos inadequados por uma entidade dessa magnitude pode perpetuar preconceitos e dificultar a inclusão social.
Diante desse cenário, foi protocolado um requerimento de reforma linguística, solicitando que a OAB/RJ adote terminologias mais alinhadas com os princípios dos direitos humanos e que promovam a dignidade humana.
Sugere-se, por exemplo, o uso de expressões como “pessoas em situação de rua” ou “pessoas em situação de vulnerabilidade social”, que reconhecem a condição temporária e não definidora da identidade desses indivíduos.
Espera-se que a OAB/RJ, como defensora da justiça e da igualdade, acolha essa demanda e dê o exemplo no combate à discriminação e na promoção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.