Coletivo Direito Popular

Círculo de cultura: machismo na sociedade atual

Foto: Victor Borba

Em 10 de maio, nos espaços dos círculos de cultura foram realizados debates cruciais sobre o machismo, explorando suas implicações históricas e contemporâneas na sociedade. A discussão foi conduzida por perguntas-chave que investigaram a origem do machismo, suas manifestações no cotidiano e sua construção ao longo dos séculos. Essa abordagem estimulou reflexões interessantes, pertinentes e propositivas entre estudantes e educadores, visando o combate efetivo a essa problemática.

Relatos e Percepções Pessoais

As estudantes mulheres contribuíram com diversos relatos de situações machistas que vivenciaram ao longo de suas vidas, enquanto seus colegas homens compartilharam experiências de atitudes machistas que tiveram e que agora buscam não reproduzir mais. Essa troca de vivências foi fundamental para aprofundar a compreensão do tema.

Além da ampla discussão e da contribuição dos relatos, ficou evidente como o machismo fabrica e legitima outras violências na sociedade. Foi discutido também o impacto dessas violências nos próprios homens, que são afetados por uma construção tóxica de suas masculinidades, sentindo a pressão de serem sempre fortes e não poderem demonstrar emoções.

Foto: Victor Borba

O Impacto do Diálogo: Depoimentos dos Participantes

A iniciativa foi amplamente elogiada pelos participantes, que destacaram a importância de abordar um tema tão relevante de forma acolhedora e aberta.

Maria Luyza, da turma Marighella, descreveu a interação com os alunos como “interessante”, especialmente por tratar de assuntos tão importantes. Ela sentiu que muitos “desabafaram e demonstraram seus sentimentos como queriam”, devido ao ambiente “muito acolhedor”.

Para Thais Sousa, da turma Paulo Freire, a abordagem do machismo na aula foi “interessante e que, querendo ou não, precisa ser falado”. Ela destacou a oportunidade única que cada aluno teve de se expressar e a clareza e objetividade na exposição do tema. Thais lamentou a sociedade machista e agressora de mulheres em que vivemos, reforçando a fundamental importância de tais discussões.

Foto: Victor Borba

Dérick Souza, da turma Dandara dos Palmares, chamou a atenção para a discriminação, violência doméstica e desigualdade enfrentadas pelas mulheres devido ao machismo, ressaltando a necessidade de combatê-lo para criar uma sociedade mais justa e igualitária. Ele também abordou como a pressão do machismo afeta os homens, que se sentem obrigados a “serem fortes, não poderem chorar, não demonstrar emoções”.

Foto: Victor Borba

Por fim, a reflexão coletiva buscou identificar maneiras de combater efetivamente o machismo e construir uma sociedade mais segura, especialmente para meninas, mas também para meninos.

Texto: Caio Augusto, educador popular e coordenador do Coletivo Direito Popular

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